Há alguns dias, resolvi ir experimentar uma pescazinha aos robalos com vinis. Para mim, esta pesca era uma novidade. Ainda gosto de praticar spinning com amostras duras e como tal não me tenho debruçado a fundo sobre a pesca com vinis.
Aproveitando a deslocação a Porto Côvo para o encontro organizado pelos “patrões” do fórum Oceano Iberico (OI), eu e o meu já habitual companheiro de faina e fornecedor de vinis, José Almeida (Kaywox), resolvemos fazer uma pausa para tentarmos a sorte num street fishing no Tejo.
Uma noite quase perfeita, calma, com boa temperatura mas onde os robalos não quiseram marcar a sua presença. Em contrapartida, os charrocos (xarrocos) estiveram sempre activos e com vontade de nos dar algumas alegrias. Pessoalmente, nunca tinha apanhado nenhum destes estranhos animais e deles conhecia mesmo muito pouco.
O charroco, carinhosamente chamado em Lisboa de Manuelas Moura Guedes pelo facto de possuírem uma boca exageradamente desproporcionada em relação ao resto da cabeça, pertence à ordem dos Batraichoidiformes, família dos Batrachoididae e possui o nome científico de Halobatrachus didactylus. Possui um corpo deprimido com uma cabeça e boca grandes. As maxilas são providas de tentáculos cutâneos e as barbatanas peitorais são igualmente grandes. Apresenta uma cor castanho-esverdeada com manchas escuras. Apresenta um tamanho médio de 50cm de comprimento. O seu habitat situa-se na zona infra e circalitoral, em fundos vasosos.
Fonte: SALDANHA, L. (sem data); "Fauna Submarina Atlântica - Portugal Continental, Açores e Madeira", Publicações Europa América
Sem grande valor desportivo nem comercial, este peixe é contudo apreciado em Lisboa e em Setúbal onde faz parte integrante da caldeirada.
Fiquem bem!
4 comentários:
Amigo Soeiro,
também ainda não me calhou nenhuma Manuela dessas ! hehehehe
Mas não me importava de provar uma caldeirada com ela... hehehehe
Grd abr, Matos
Só te digo que tem uma boca que mete medo. ehehehehe
Aquilo quando vem de boca aberta dentro de água faz cá uma resistencia.
Dizem que é bom em caldeirada. Não sei, mas também estava capaz de experimentar.
Abraço.
Meu grande companheiro de faina.
sem duvida que este foi um grande começo para o nosso inesquecível fim de semana de puro convívio e pescaria onde nunca me vou esquecer do teu acto heróico de descravar fateixa da perna nem da tua grande demonstração de planking em plena barragem..heheh
1 abraço
zé
Duas loucuras em tão pouco tempo. Só mesmo de um louco. eheheheh
Abraço.
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