Os meus seguidores.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

1º das férias!

Chegaram as férias. As tão desejadas férias. A altura de pormos em prática o que mais gostamos de fazer e que ao longo do ano não conseguimos por existirem outras prioridades. Eu, evidentemente, não idealizo férias sem pesca. Tem que ser.
Desde os primórdios da minha existência que passo férias na zona da Nazaré. Todos os anos, sem falhar. Gosto desta zona do nosso país. Praias grandes, com grandes areais de perder de vista. Mar azul, verde ou castanho. Ondas pequenas e grandes de cortar a respiração. Existem também, nesta época do ano, algumas características climáticas particulares desta zona. Contrastando com belas manhãs calmas, por vezes com nevoeiros cerrados, surgem as tardes ventosas que amainam ao pôr-do-sol. Nem sempre isto acontece mas é algo comum.

Este ano, segundo tenho ouvido comentar às gentes da região, o mês de Julho tem-se revelado o pior dos últimos setenta anos, no que diz respeito a ventania. Durante vinte e sete dias consecutivos, de manhã à noite, a nortada fez-se sentir com bastante intensidade.
Com estas terríveis condições, a pesca ficou bastante condicionada. Apesar de tudo, o vício falava mais alto. Com vento ou sem vento, sempre que o mar permitia, eu estava lá. Não sei se pelo vento ou por qualquer outra razão, os robalos têm andado fugidos das minhas amostras. Consegui, apenas, enganar um pequeno robalote pouco maior que a maxrap 17. Este, depois de se deixar fotografar e de realizar algumas filmagens para a posteridade, acabou por ser libertado em perfeitas condições. Levava um recado para os membros mais velhos da família. Prometeu que não se esqueceria de o transmitir. Eu, por sinal, confio nele. Confio também que o tempo vai melhorar. Se nada disto acontecer, paciência. Não me vou aborrecer. Nada me fará aborrecer. Mesmo nada, porque estou de férias.
Fiquem bem e…boas férias!

terça-feira, 5 de julho de 2011

Baila. Uma história de pesca.

A pesca é rica em histórias. Umas fáceis de acreditar. Outras nem por isso. A que vou relatar hoje é apenas mais uma.
Mais um fim-de-semana com um mar espectacular e a prometer, mais uma vez, um robalozinho.  No entanto, apesar das horas dispendidas e dos quilómetros de areal que foram palmilhados, os robalos não fizeram a sua aparição.
Num dos cantos da praia, encontro um pescador de fundo que tal como eu não conseguia enganar nenhum peixe. Como de costume e como mandam as regras, cumprimento o nosso amigo recebendo em troca o eco da minha saudação. Estava aberto o caminho para uma pequena troca de impressões sem chegarmos, contudo, a uma conclusão valida sobre a escassez de peixe que se fazia sentir. No meio da conversa o “surfcast man” refere que na noite anterior havia apanhado dois ou três sargos e uma baila. Repliquei que há muito tempo que não via nem apanhava uma baila. A conversa estava terminada pouco depois. Despeço-me, sem desejar “boa pesca” porque dizem que dá azar e sigo o meu caminho por aquele areal fora.

Pouco depois, três ou quatro lançamentos e recuperações da minha Saltiga, sinto um pequeno toque de um peixe, seguido de uma frenética batalha para se libertar da amostra. Julgando tratar-se de um robalote, recupero-o com calma e já na areia fico espantado face à captura. A coincidência era incrível. Em lugar de um robalote, havia capturado uma pequena baila. Esta, depois de fotografada para a posteridade, foi prontamente devolvida à água.
Fica a história. Dela retiro uma lição. Para a próxima vez que encontrar um pescador e me lamentar, irei revelar-lhe que nunca vi um robalo com 7Kg. Quem sabe…
Fiquem bem.