…com um novo record pessoal.
Olá!
Conforme estava prometido no final do post anterior,
a vingança foi consumada com um contundente 3-1.
Dois dias depois, eu e o “El Carbonara” voltamos à
carga para mais uma jornada de pesca.
Noite calma, sem vento e com alguma neblina, águas
claras, ondulação de cerca de 1,5m e muita vontade de sacar uns bicharocos.
Estavam reunidas todas as condições para uma noitada em grande.
O local escolhido apresentava vários spots que
prometiam. mas, apenas no mais distante de todos é que a magia se desenrolou.
Cerca de uma hora depois do início da contenda,
ferro o primeiro peixe que veio a pesar 2,200 kg. Começava bem. A grade já
estava safa. Imediatamente chamo o RC para o spot e, evidentemente,
mantivemo-nos no local. Mais alguns lançamentos e nada. -Será que fugiram?!!!
Troco de amostra, para uma com as mesmas características mas consideravelmente
maior e imediatamente depois ferro o segundo da noite. As cabeçadas e o cantar
do carreto indiciaram logo algum de bom. Junto à pedra, mesmo antes de o
conseguir colocar a seco, o robalo fica entalado entre dois calhaus. A ajuda do
Paulo foi preciosa. O seu grip trouxe-me a tranquilidade e o descanso
necessários. Mais um e bem maior. 3,700 kg. (2-0)
Empresto uma amostra igual ao meu parceiro e
continuamos a faina. A alegria estava estampada nas nossas caras. Mesmo a perder,
El Carbonara mostrava satisfação pela pescaria. Este é outra maravilha da pesca,
quando a amizade se sobrepõe a qualquer pescaria.
Este é outra maravilha da pesca, quando a amizade se
sobrepõe a qualquer pescaria.
Mais alguns lançamentos e nada. Nem mais um toque.
Por norma, costumo mudar frequentemente de amostra quando estou a pescar e não
há resultados. Chego mesmo a experimentar tudo o que levo à cintura.
Superfície, meia água, fundo, vinis, zagaias, dinamite, c4…. Estava chegado
esse momento de variar. Viro-me para o Paulo e, faço o seguinte comentário: -”Agora
é que eu vou ver se o teaser do Matos (quem é que ainda não conhece?!) dá
provas.” Um lançamento para experimentar e perceber o fundo. Recuperação lenta
e pequenos toques de ponteira faziam-me sentir cada pedra que se apresentava no
percurso ao longo do caneiro. Novo lançamento, nova recuperação e toques de
ponteira e……. zássssssss. A emoção total. Um safanão medonho e o carreto
novamente a cantar. Tão afinadinho que estava. Parecia um menino de coro. O
peixe, esse, levava linha a seu belo prazer. Aperto ligeiramente o drag e
começo a recuperação. A meu pedido, mais uma vez, o Paulo coloca-se a postos com
o seu grip. –“Epá, nunca tive um peixe assim. De certeza que é o meu record.”
Mesmo sem o ver e sem o ter já sabia que era grande. Só tinha que o tirar.
Pouco depois era meu. 4,300Kg já eram aqui do menino. Se já estávamos contentes,
calculem agora. O abraço ao Paulo sai espontâneo.
Com 3-0 no lombo, continuamos a pescaria. Novamente não
se passava nada. Meia hora, uma hora… nada. –“Vamos embora?! Acabou.”, comenta
o Paulo. –“Perdeste a fé?! Ficamos mais um pouco”, retorqui. Entretanto começa
a maré a encher e meter água novamente no pesqueiro. Podia ser que entrassem e
que houvesse mais alguma alegria. Assim foi. Com a amostra que lhe tinha
emprestado, o RC ainda fez o gosto ao dedo. Ferra um robalo com cerca de 2kg
que lhe veio a salvar a grade e a minimizar a derrota. Daqui para a frente mais
nada. Cinco da manhã era uma boa hora para voltar para casa. No percurso até ao
carro paramos apenas para fazer algumas fotos para a posteridade.
Um abraço.
Fiquem bem!