Chegaram as férias. As tão desejadas férias. A altura de pormos em prática o que mais gostamos de fazer e que ao longo do ano não conseguimos por existirem outras prioridades. Eu, evidentemente, não idealizo férias sem pesca. Tem que ser.
Desde os primórdios da minha existência que passo férias na zona da Nazaré. Todos os anos, sem falhar. Gosto desta zona do nosso país. Praias grandes, com grandes areais de perder de vista. Mar azul, verde ou castanho. Ondas pequenas e grandes de cortar a respiração. Existem também, nesta época do ano, algumas características climáticas particulares desta zona. Contrastando com belas manhãs calmas, por vezes com nevoeiros cerrados, surgem as tardes ventosas que amainam ao pôr-do-sol. Nem sempre isto acontece mas é algo comum.
Este ano, segundo tenho ouvido comentar às gentes da região, o mês de Julho tem-se revelado o pior dos últimos setenta anos, no que diz respeito a ventania. Durante vinte e sete dias consecutivos, de manhã à noite, a nortada fez-se sentir com bastante intensidade.
Com estas terríveis condições, a pesca ficou bastante condicionada. Apesar de tudo, o vício falava mais alto. Com vento ou sem vento, sempre que o mar permitia, eu estava lá. Não sei se pelo vento ou por qualquer outra razão, os robalos têm andado fugidos das minhas amostras. Consegui, apenas, enganar um pequeno robalote pouco maior que a maxrap 17. Este, depois de se deixar fotografar e de realizar algumas filmagens para a posteridade, acabou por ser libertado em perfeitas condições. Levava um recado para os membros mais velhos da família. Prometeu que não se esqueceria de o transmitir. Eu, por sinal, confio nele. Confio também que o tempo vai melhorar. Se nada disto acontecer, paciência. Não me vou aborrecer. Nada me fará aborrecer. Mesmo nada, porque estou de férias.
Fiquem bem e…boas férias!
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